"O oitavo Caminho chama-se inteligência Absoluta ou perfeita, pois é instrumento do Primordial e não possui raízes com as quais possa penetrar e implantar-se, salvo nos lugares ocultos de Gedulah (Geburah) , da qual emana sua essência característica".
Um entendimento interessante desta Inteligência remete à sua associação com a Parábola do Servo Vigilante e a Parábola da Candeia.
Vivemos ciclos progressivos e permanentes de mudanças paradigmáticas e se pensarmos, nenhuma mudança se faz repentinamente, pelo contrário, como diz Saramago, o destino leva tempo a decidir-se. Na Parábola do Servo Vigilante, da cultura cristã há um convite para que o indivíduo esteja sempre está atento, percebendo as mudanças, que de início imperceptíveis, se acumulam ao longo de uma trajetória, provocando um salto da vida. Aquele que está atento percebe as mudanças e tem tempo de se engajar ou se afastar.
A Inteligência Perfeita é a da atenção, da percepção, pois os novos paradigmas não surgem por acaso e ela é absoluta porque preenche a mente com uma clareza, que lidera, mobiliza, estimula a tudo e todos a volta.
O fato desta Inteligência se enraizar em Geburah, a Inteligência Radical, simboliza a dinâmica da mudança, pois tudo muda e a chave aqui é fornecida pela Parábola da Candeia, que remete a compreensão, tolerância, assertividade, delicadeza, amorosidade, clareza, luz - características fundamentais para que se desenvolvam a percepção do outro, de si mesmo e a atenção plena na vida e no contexto a nossa volta.
Para exercitar a Oitava Inteligência a recomendação é desenvolver uma atenção plena com tudo e todos a sua volta, percebendo os mínimos detalhes. Experimente diminuir o passo, nem muito depressa, nem muito devagar, olhe a tudo com um novo olhar e experimente uma forma de atuar mais atenta, sociável, amorosa, gentil.
Percepção, interpretação, atenção.Aqui, todo cuidado é pouco, pois tem-se que ter cuidado ao interpretar o que se está vendo ou vivendo, pois a Inteligência é Perfeita e não se pode interpretar de forma errônea a realidade que se nos apresenta. .
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