Não somos perfeitos, mas fomos feitos à semelhança do criador. Como interpretar à luz da Cabala este fenômeno que nos faz ser uma dualidade permanente entre o bem e o mal. Como lidar com o "outro lado da meia noite"em nós, como lutar e permanecer conscientes de nosso parentesco divino, em meio ao ao cotidiano da vida, com seus apelos emocionais, tentando nos puxar para o outro lado?
Este é o profundo mistério da caminhada do ser humano em direção a mais alta espiritualidade em si mesmo. Como restaurar a boa ordem espiritual, diariamente? Como invocar as luzes de nossa alma?
Não existem respostas, e não há receitas, em meio às cascas em que estamos envolvidos. Simbolicamente somos serpentes, caídas, mas aspiramos ser arco-íris, instrumentos de D'us para o trabalho produtivo.
Será que o lado mais obscuro de nossa alma é para ser integralmente destruído? Haverá redenção para nossa alma luminosa, neste enleio em que se encontra?
Louvado seja D'us que nos acompanha nesta jornada. Que saibamos ouvi-lo, para que possamos encontrar as resposta que buscamos, para que possamos progressivamente refletir a sua imagem em nossos corações e mentes, e saibamos escolher as ações que representem a semelhança com Ele.
Mas as respostas sobre a totalidade do nosso ser, teremos que buscar entre os cascalhos que o mar joga na praia, enquanto a imensidão do oceano permanece insondável, diante de nós.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
D'us único e D'us mítico - um encontro com Gershom Scholem
Em um estudo sobre Cabala e Mito, Gershom Scholem traz à luz uma discussão sobre o D'us único, judáico e o D'us mítico, polifônico, de muitas faces, da mitologia.
Eis a complexidade desta questão: uma tensão entre realidade viva e Pureza.. Mas complexo significa tecido junto e não há como separar a realidade viva, humana, da pureza de D'us.
No entanto é preciso conceber que o entendimento do mistério deve preservar a pureza divina, e ao refletir sobre a própria existência de D'us e nossa participação neste mistério, não se deve romper os véus que separam o sagrado do profano.
Mas em complemento a este D'us Altíssimo, algo desta realidade divina está vivo, mora conosco em nosso exílio e convive com a nossa humanidade, próximo a nós. Este lado humano de D ús enxuga as nossas lágrimas, convive com o humano e exalta nossa humanidade.
Neste mistério profundo, Shekinah, a luz divina, que mora conosco em nosso exílio, que entende nossas fraquezas, que nos segura no colo quando estamos desamparados é o lado feminino de D'us. É a "Esposa" e seu símbolo é uma pomba.
Na tradição cristã o símbolo da pomba é associado ao Espírito Santo de D'us, que possui três dimensões: O Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A Pureza divina e a Realidade Viva - humana - se mesclam para criar a nossa humanidade.
Eis a complexidade desta questão: uma tensão entre realidade viva e Pureza.. Mas complexo significa tecido junto e não há como separar a realidade viva, humana, da pureza de D'us.
No entanto é preciso conceber que o entendimento do mistério deve preservar a pureza divina, e ao refletir sobre a própria existência de D'us e nossa participação neste mistério, não se deve romper os véus que separam o sagrado do profano.
Mas em complemento a este D'us Altíssimo, algo desta realidade divina está vivo, mora conosco em nosso exílio e convive com a nossa humanidade, próximo a nós. Este lado humano de D ús enxuga as nossas lágrimas, convive com o humano e exalta nossa humanidade.
Neste mistério profundo, Shekinah, a luz divina, que mora conosco em nosso exílio, que entende nossas fraquezas, que nos segura no colo quando estamos desamparados é o lado feminino de D'us. É a "Esposa" e seu símbolo é uma pomba.
Na tradição cristã o símbolo da pomba é associado ao Espírito Santo de D'us, que possui três dimensões: O Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A Pureza divina e a Realidade Viva - humana - se mesclam para criar a nossa humanidade.
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