“Ir além do ponto de vista individual que se tem sobre um assunto e inspirar-se para uma solução mais abrangente, desenvolvendo uma visão de conjunto, porque aprendeu a interagir.”
A inteligência do ser humano tem uma especial peculiaridade, ela é resultado de um rizoma que conecta o ser humano a tudo e a todos: “sou assim porque você é assim”. Esta não é porém uma verdade inexorável, fechada, que aprisiona o ser humano em sociedade. Também “somos assim, porque eu sou assim”, denotando o grande poder de influência que cada um tem para transformar a realidade.
A percepção progressiva deste processo político, onde indivíduos e grupos são causas uns dos outros, dá-nos a compreensão sobre o que faço ter implicações a minha volta de tal ordem, que se assemelha a um pintor que está pintando um quadro, que está sendo pintado por um pintor, que está pintando um quadro, que está sendo pintado por um pintor. Causas e efeitos ocorrem de forma simultânea, nada ocorre de forma isolada.
No entanto, não somos meros fantoches neste cenário, podemos ser protagonistas desta história e assumirmos o nosso papel. Sem dúvida romper com estas cadeias sociais não será fácil. Não é só um questão de querer e poder, pois há um espelho na forma como o grupo se relaciona conosco e na forma como nos relacionamos com o grupo. Quem dará o primeiro passo, para que tudo possa se transformar? Poderemos reconfigurar o novo papel da individualidade nesta história, tecida em grupo?
Na descoberta deste novo fio para tecer a vida em grupo, descobre-se o outro e um outro nós mesmos. É certo que política, espiritualidade, vida social e trabalho são rizomas distintos que se enlaçam e não há uma cepa predadora, quando a destruição existe é porque o ser humano teceu uma visão individualista da vida, do outro, das instituições e do governo.
A quarta inteligência é a que nos impulsiona para adquirir novas habilidades e para entender que sem o grupo, a consciência do Eu individual e de suas potencialidades não se perfaz, porque na ausência da força coletiva, o Espirito comum é pobre e não pode contribuir para o desenvolvimento das identidades e o crescimento moral.
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