segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Primeira Inteligência da cabala - Inteligência Admirável - A Inteligência da Luz

Chegamos a Kether, a Primeira Inteligência da Cabala, e aqui somos apenas luz! 


Quero agradecer a todos que estão seguindo comigo e convidá-los novamente a descermos juntos as escadas. Agradeço a cada um por estar tendo a oportunidade de vivermos este momento tão sensível, juntos. 


E para celebrar este momento deixo aqui uma história de luz:


            Certa vez os discípulos esperavam pelo Rabi e a noite já ia alta e no entanto o Mestre não chegava. Pela primeira vez eles não teriam o Mestre com eles, para ensinar-lhes. Um dos discípulo então perguntou:
___o que significa este silêncio? E enquanto esperavam, começaram a se preparar para ouvirem-se uns aos outros.
            Laura, a jovem cigana, contou uma estória que ouvira de sua avó. E se emocionou ao lembrar do ensinamento:  Eram três pessoas que seguiam pela estrada. Uma estava muito triste porque havia brigado com o vizinho, a outra estava feliz porque havia feito as pazes com o vizinho e a terceira  era o vizinho.
            Adiante no caminho o vizinho foi embora e um mascate passou a fazer parte da caravana, continuando o grupo a ter três pessoas.
            Já bem adiante na estrada, o mascate deu a uma das pessoas um belo lenço de seda e para outra um par de meias de algodão. O primeiro ficou muito feliz porque o mascate lhe deu um belo presente e a segunda pessoa  ficou com raiva porque achou pouco caso o mascate  lhe dar um par de meias tão barato.
            E assim foram seguindo de um jeito ou de outro, tristes ou alegres, com raiva ou não,  sempre em função do que as pessoas lhe diziam ou faziam ou lhes davam, como se fios invisíveis as ligassem às pessoas. Não compartilhavam sentimentos, idéias, nem soluções, eram apenas marionetes uns dos outros.
            Quando morreram, chegaram diante do anjo da absolvição, que lhes perguntou:
___O que vocês fizeram na vida?
            Eles não souberam responder porque não haviam feito ou criado nada. Passaram a vida toda sentindo isto ou aquilo por causa dos outros e não se deram a chance de ser eles mesmos, usarem a energia criativa e junto com essas pessoas, ou com outras,  experimentarem sentimentos novos, fazerem um trabalho novo.
            O anjo da absolvição olhou atentamente aquelas pessoas e viu que juntas deixaram de construir uma olaria, construir casas e hospitais, deixaram de constituir uma sociedade de homens e mulheres mais criativos e mais aptos à felicidade. Não construíram a cidade que cabia a eles construir e que cresceria, em torno da olaria. Que pena, disse o anjo!
___Mas o que significa este ensinamento?  Perguntavam-se uns aos outros, enquanto aguardavam o Rabi. Sansara, uma jovem hindu respondeu:
___Shekinah é a luz divina, a parte feminina de Deus que habita  com os homens e mulheres em seu exílio, que mora com todos, em todos os lugares. Fico imaginando o que os homens e mulheres poderão realizar e o quanto poderão crescer quando incorporarem em si mesmos esta dimensão de Deus, perfazendo a unidade!
            Era já de madrugada quando o Rabi chegou, olhou cada um dos discípulos e após um pequeno silêncio, falou:
____Procurem sempre as respostas, o conselho, a idéia no lugar de onde vem a luz  e finalizou: Assim, quando alguém vos perguntar de onde vieram, com tantas soluções, tantos projetos inovadores, digam :
____Viemos da luz!




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