Hegel - um filósofo alemão do século XIX - falava em razão histórica, afirmando que as transformações dos conteúdos da razão, são obra da própria razão, que se transforma, pois ela é a própria história, é o próprio tempo.
Não há um determinismo histórico, mas um caminho e na Cabala esta Inteligência Coletiva corresponde a um estágio da razão - histórica - que possui um grande espectro de cores e liga-se simbolicamente às estrelas e planetas. Isto significa a nossa identidade com o tempo, com os outros e ao mesmo tempo simboliza a diversidade possível.
A Trigésima Inteligência é a própria história, a nossa capacidade instintiva de escolha de caminhos - a habilidade de irmos além de nós mesmos e adquirirmos uma consciência mais ampla de nossas limitações e possibilidades - o instinto inato de crescer, amadurecer, aprender e seguir. Tudo tão óbvio e tão oculto ao mesmo tempo, sempre pronto a se revelar à nossa consciência.
Simboliza o velho modo de ser e o novo pensamento que se interpenetram na complexa dialética que funda o espírito na matéria.
A literatura e a poesia ajudam a compreender a Trigésima
Inteligência da Cabala em seus aspectos de restrição - luta e expansão:
"Sou a luta entre um homem acabado e outro que está andando no ar". (Murilo Mendes - poeta da segunda fase do Modernismo).
"E aquilo que nesse momento se revelará aos povos, surpreenderá a todos não por ser exótico, mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto, quando terá sido o óbvio" (Caetano Veloso - Um índio).