quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A unanimidade e a Cabala - Você pensa diferente? Que bom!

Imagine só, na Árvore da Vida existem 32 caminhos que se entrelaçam direta e indiretamente para permitir chegar à Malkhut (Terra) ou a Kether (Universo). Somos nós com nossas histórias, nossas verdades, construídas a partir de nossa visão particular do mundo, que tecemos as organizações, a política, que ditamos as regras, as normas, as leis.

Nietzche dizia que verdades não existem o que existem são interpretações! Toda interpretação é parcial e necessita por isso do acréscimo da visão do outro.

Ao transitarmos pela vida precisamos com urgência de uma delicadeza peculiar: procurarmos entender o ponto de vista do outro, que foi construído a partir de sua experiência, de sua vivência particular. Como nos é impossível e nem válido incorporarmos a vida do outro, resta-nos desenvolver uma percepção que permita compreender como foi montado o quebra-cabeça. Shemah! Ouça!

Ouvir é o verbo do silêncio, para que calando as verdades, possamos abrandar o dogmatismo e governarmos juntos.

O outro pensa diferente de nós, somos diferentes uns dos outros, mas a Cabala ensina que não existem verdades absolutas, nem a nossa nem a de ninguém. O governo das coisas necessita da diversidade de idéias. Identidade é bom para que se desenvolvam raízes bem plantadas, mas governar é trabalho de muitos e aqui a unanimidade não é e nunca será uma boa conselheira.

Uma conversa franca, diálogo, disposição para aprender afasta delicadamente a unanimidade. Assim, a diversidade de idéias pode então conduzir as nossas conversas, para uma aprendizagem mais completa, mas nunca definitiva..

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