terça-feira, 19 de novembro de 2013

CABALA E PERSEVERANÇA

Certa vez li  sobre um homem justo que ficou muito doente e seus amigos no dia da Grande Festa tomaram-no no colo e dançaram com ele, não permitindo que ficasse num canto sem participar da dança.

Esta história é um signo e não deve ser explicada, pois como signo deve ser interpretada por cada um, de acordo com o seu conhecimento. É como está escrito em Cântico 3,5:

Filhas de Jerusalém,
Pelas cervas e gazelas do campo,
Eu vos conjuro,
Não desperteis, não acordeis o amor'
Até que ele o queira!

Perseverar é estar atento a tudo e a todos; é sentir em seu ser a realidade do momento que exige a sua presença e participação. É olhar nos olhos; é ter solidariedade como uma ferramenta de avaliação dos fatos; é respeito pelo momento, pelas pessoas; é sair de si para olhar para o outro e voltar-se para dentro para rezar.

Perseverar é desligar-se do ego  e fazer de cada ação, de cada interação, uma reza, ou seja tudo o que você faz é para D'us. A cabala é um todo e a perseverança não está nesta ou naquela sephirah, mas em sua totalidade, que ecoa na espiritualidade e na vida material.

Foi assim que Salomão construiu o tempo de Jerusalém e para não fazer barulho durante a construção, ele usou o shamir, um verme que quebrou as pedras, sem fazer o menor ruído. 

O templo construído por Salomão foi uma reza a D'us. Por este motivo quando quiser rezar no Templo construído por Salomão, pense nele como uma reza e você entrará neste tempo mítico e neste templo mágico, onde o silêncio é a existência de D'us em você.


Nenhum comentário:

Postar um comentário