Será que sabemos usar a Inteligência Corporal? Sabemos compreender as mensagens do nosso corpo? Temos um bom diálogo com nossos sistemas corporais?
Na verdade poderíamos fazer do nosso corpo um oráculo e entender as mensagens que chegam com muita clareza, mas não ouvimos, não percebemos, não damos atenção. Somos surdos aos outros e a nós mesmos, porque a nossa sensibilidade corporal está adormecida.
Experimente esta semana perceber as mensagens do seu corpo. Perceba-se em cada momento. Dê atenção à dor. E relacione com o contexto, com as pessoas, com o clima, o local, suas emoções, sua intuição. Às vezes é uma lembrança do passado, que ainda está ali, e que se transforma em dor progressivamente, quando você está em um contexto parecido.
Mas não faça nada mecanicamente, nem rapidamente, pois a vida não é linear. Apenas relacione tudo, não deixe nada passar despercebido. Faça valer a pena o corpo que você recebeu e do qual só você tem a chave da linguagem. Você é intérprete nesta vida. Boa sorte! Aprenda a linguagem de comunicação com o seu corpo, ela é simbólica e silenciosa.
Perceba-se e seja o seu maior aliado nesta vida. Boa alimentação, água, caminhadas constantes, feche a porta do passado, da saudade, das mágoas. Reconcilie-se com você mesmo e com D'us. Aprenda a lidar com a agressividade e aja com gentileza e sabedoria. Cale-se mais vezes e quando falar seja assertivo, mas não alteie a voz. Use um óleo para o corpo.
E o mais importante. Aprenda a rezar, do seu jeito, converse com D'us e imagine sua luz circundando você e a todos. E quando alguém te magoar, repita: Vá com D'us. Cerque-se desta presença iluminada que mora com você em seu exílio.
E saiba que D'us nos encontra através de nossas próprias pegadas e nos ensina a andar. Portanto, confie pois você nasce todos os dias, com um novo corpo e um novo nome que só ELE conhece. Permita-se viver a história através da Inteligência Corporal, dê crédito ao corpo que você recebeu de seus antepassados. Quando olhar para si mesmo, perceba-se como a mais alta razão para eles um dia terem existido. Você tem uma história de ontem e de hoje. Escute-a e permita-se escrever o novo roteiro que guiará a sua vida e a de muitos outros, em direção à máxima luz do universo interior, só percebida por aqueles que ousarem calar e perceber a grandeza do corpo, da matéria, pois D'us mora aqui.
sábado, 23 de junho de 2012
Vigésima Oitava Inteligência da Cabala - A luta de D'us e Asmodeus
SALOMÃO E ASMODEUS
O Eterno aqui habita, com certeza,
Ele vive em tua casa e tu não crês.
Vais perdido esquecido da nobreza,
Dele és a perfeição, toda a Beleza,
Mas tu? Só acreditas no que vês.
Sumiram as marcas da coroa em teu semblante,
Teu anel foi jogado no oceano,
E duvidas que haja mesmo ainda um D’us.
Te tornaste no deserto um caminhante,
Éstás hoje em condição tão degradante...
Resultado do encontro com Asmodeus[1].
Gritas, choras e no entanto,
As crianças e os cahorros te espantam,
Tuas vestes de honraria são perdidas,
Ninguém há para pensar tuas feridas,
E os passarinhos a tua volta ainda cantam!!?
Até que um dia, junto a grandes pescadores,
Que voltavam de pescaria aguerrida,
Cais por terra - não suportas mais a vida.
E no fundo do abismo de si mesmo – D’us frente a frente a Asmodeus,
Te devolvem a tua história, o teu anel,
Mas retornas a pé, sem carruagem,
E dissolve-se esta luta com Asmodeus!
Tua fronte se ilumina...
Mas tu sabes que a história é contínua,
E toda ela encerra sempre outra missão.
E então segues e em cada lida,
Ás vezes perdes o anel e às vezes não:
Dura sorte por nem todos entendida,
No mistério radiante do partir o peixe e o pão!
(Regina Moraes - 2008)
(Regina Moraes - 2008)
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Vigésima Oitava Inteligência da Cabala - A Inteligência do Eu Estou
A Vigésima Oitava Inteligência é a Inteligência Natural e a partir dela se chega à perfeição.
Há uma antiga parábola que relata a dispersão a que foi submetido o Rei Salomão em sua luta com Asmodeus, o Rei dos Demônios. O Rei Salomão para obter o conhecimento de Asmodeus entregou a ele o seu anel e no mesmo momento Asmodeus engoliu Salomão e soprou-o para o deserto e atirou o anel para o mais profundo oceano. Salomão perdeu o anel, a túnica bordada e as marcas da coroa desapareceram de sua fronte. Isolado de si mesmo, iniciou o difícil caminho de volta para a vida, vagando perdido por muitos lugares. Era como se estivesse morto. E Asmodeus tomou o rosto de Salomão e reinou em seu lugar, sem que ninguém percebesse a diferença.
Um dia, cansado de tanto andar por terras estranhas, Salomão chegou a uma praia e cansado de tanto sofrimento, estirou-se nas areias e chorou. O choro daquele homem chamou a atenção de pescadores, que repartiam alguns frutos do mar e que ficaram com pena daquele maltrapilho. Aproximando-se de Salomão, um dos pescadores deu-lhe um peixe. Quando Salomão abriu o peixe, encontrou o anel de sua realeza.
O Rei Salomão colocou o anel em seu dedo e imediatamente as marcas da realeza se avivaram em sua fronte, suas vestes e todo o seu rosto se iluminaram e ele viu-se frente a frente a Asmodeus e estranhamente não se ouviu nenhuma palavra, um grande silêncio circundou toda a terra. E Asmodeus, o rei dos demônios foi então encaminhado por D'us para as mais altas montanhas do mundo. Não houve briga, nem discussão - tudo se desvaneceu e a vida em Jerusalém retomou o seu caminho.
_________________________________
Esta parábola guarda o significado da trajetória do humano em direção à sua plena potencialidade. Ou seja, nascemos com esta Inteligência Natural e estamos em meio à jornada. Vagamos sozinhos em meio ao mundo e temos que responder aos desafios. Mas a parábola contém elementos mágicos: a praia, os pescadores, o peixe e Salomão como quarto elemento, que renasce, como cada um de nós, de si mesmo, a cada passo dos ponteiros do relógio.
Antigos Mestres afirmavam que o enigma a ser decifrado é que temos um tempo específico para acordar deste sono inconsciente, que se assemelha a estarmos perdidos no deserto, tal qual Salomão. Eles diziam que um anjo acompanhou Salomão, acompanha a cada um nesta jornada e traz em suas mãos um relógio-ampulheta. É o Anjo do Tempo. Às vezes ele atrasa o relógio, fazendo a sombra declinar dez graus, dando tempo ao tempo e uma nova chance ao peregrino de chegar à praia. Em outras vezes adianta os ponteiros, porque percebe que não adianta mais dar tempo ao tempo - e a ampulheta recomeça o seu trabalho de preencher o imenso espaço vazio.
Há uma antiga parábola que relata a dispersão a que foi submetido o Rei Salomão em sua luta com Asmodeus, o Rei dos Demônios. O Rei Salomão para obter o conhecimento de Asmodeus entregou a ele o seu anel e no mesmo momento Asmodeus engoliu Salomão e soprou-o para o deserto e atirou o anel para o mais profundo oceano. Salomão perdeu o anel, a túnica bordada e as marcas da coroa desapareceram de sua fronte. Isolado de si mesmo, iniciou o difícil caminho de volta para a vida, vagando perdido por muitos lugares. Era como se estivesse morto. E Asmodeus tomou o rosto de Salomão e reinou em seu lugar, sem que ninguém percebesse a diferença.
Um dia, cansado de tanto andar por terras estranhas, Salomão chegou a uma praia e cansado de tanto sofrimento, estirou-se nas areias e chorou. O choro daquele homem chamou a atenção de pescadores, que repartiam alguns frutos do mar e que ficaram com pena daquele maltrapilho. Aproximando-se de Salomão, um dos pescadores deu-lhe um peixe. Quando Salomão abriu o peixe, encontrou o anel de sua realeza.
O Rei Salomão colocou o anel em seu dedo e imediatamente as marcas da realeza se avivaram em sua fronte, suas vestes e todo o seu rosto se iluminaram e ele viu-se frente a frente a Asmodeus e estranhamente não se ouviu nenhuma palavra, um grande silêncio circundou toda a terra. E Asmodeus, o rei dos demônios foi então encaminhado por D'us para as mais altas montanhas do mundo. Não houve briga, nem discussão - tudo se desvaneceu e a vida em Jerusalém retomou o seu caminho.
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Esta parábola guarda o significado da trajetória do humano em direção à sua plena potencialidade. Ou seja, nascemos com esta Inteligência Natural e estamos em meio à jornada. Vagamos sozinhos em meio ao mundo e temos que responder aos desafios. Mas a parábola contém elementos mágicos: a praia, os pescadores, o peixe e Salomão como quarto elemento, que renasce, como cada um de nós, de si mesmo, a cada passo dos ponteiros do relógio.
Antigos Mestres afirmavam que o enigma a ser decifrado é que temos um tempo específico para acordar deste sono inconsciente, que se assemelha a estarmos perdidos no deserto, tal qual Salomão. Eles diziam que um anjo acompanhou Salomão, acompanha a cada um nesta jornada e traz em suas mãos um relógio-ampulheta. É o Anjo do Tempo. Às vezes ele atrasa o relógio, fazendo a sombra declinar dez graus, dando tempo ao tempo e uma nova chance ao peregrino de chegar à praia. Em outras vezes adianta os ponteiros, porque percebe que não adianta mais dar tempo ao tempo - e a ampulheta recomeça o seu trabalho de preencher o imenso espaço vazio.
terça-feira, 12 de junho de 2012
VIGÉSIMA SÉTIMA INTELIGÊNCIA - O PONTO DE MUTAÇÃO
Aqui se manifesta o Espirito do mundo. Representa a humanidade no seu nível de sabedoria. Quando você entrar em contato com a Vigésima Sétima Inteligência, sentirá a experiência de precisar fazer diferente, de retomar alguma questão e conclui-la ou mesmo de refazer o caminho. É a experiência do amadurecimento, é quando você está diante da sua própria obra, está diante do espelho de si mesmo e percebe o que falta ou os excessos.
Não é uma experiência simples, nem voluntária e às vezes se é tomado de euforia, outras de depressão, mas certamente há aqui um conselho: não se demore na observação deste espelho da vida. Guarde a fotografia e sirva-se dela para realizar o que falta ou aparar arestas. Mas feche a porta, porque aqui você entra em contato com forças avassaladoras, que ajudam, guiam, mas devem permanecer insondáveis.
Há um ensinamento nas Sagradas Escrituras que pode ser tomado como símbolo para entender o significado da Vigésima Sétima Inteligência:
Não é uma experiência simples, nem voluntária e às vezes se é tomado de euforia, outras de depressão, mas certamente há aqui um conselho: não se demore na observação deste espelho da vida. Guarde a fotografia e sirva-se dela para realizar o que falta ou aparar arestas. Mas feche a porta, porque aqui você entra em contato com forças avassaladoras, que ajudam, guiam, mas devem permanecer insondáveis.
Há um ensinamento nas Sagradas Escrituras que pode ser tomado como símbolo para entender o significado da Vigésima Sétima Inteligência:
"....Relâmpagos disparados acenderam o mundo, a terra tremeu e rugiu. (...) Tua trilha ia através de águas poderosas, mas Teus passos permaneceram desconhecidos".
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