Décima Inteligência - Inteligência Resplandecente

A Décima Inteligência - Inteligência Resplandecente - tem como símbolo uma mochila repleta de todos os recursos concernentes às outras Inteligências.  Usá-la exige sabedoria, pois se a mochila é repleta de luzes, nós no entanto temos alguma dificuldade de conectarmos estes recursos com o contexto que estamos vivendo. A figura metafórica que se apresenta  aqui é semelhante à pessoa desconectada, que precisa acender uma lâmpada e tira da mochila uma foice .

A pergunta é como conectar recursos, mochila e circunstâncias à minha percepção? Como desenvolver a percepção para que eu aprenda progressivamente uma forma de atuar mais Inteligente, que resplandeça diante de todos, de forma suave, completa e complementar?

A melhor forma de aprender é praticar. Na sua bagagem (mochila) pois, coloque as 10  Inteligências e quando precisar veja qual o recurso que deve ser praticado a cada momento. É talvez uma forma lúdica de aprender, mas vale a pena conferir e exercitar a 10a. Inteligência que resplandece na sua mochila, que ao final  carrega a sua bagagem espiritual.

INTELIGÊNCIA	RECURSO
1ª. Inteligência  Admirável	Faça a sua parte. Mas ajude o outro a completar a parte dele
2ª. Inteligência Ilduminadora	Silêncio, fé e interação consciente
3ª. Inteligência Santificadora	Saiba desatar os nós e refazer os laços
4ª. Inteligência  Receptiva	Os medos não são verdades, são símbolos, fonte de uma nova moralidade (uma nova forma de agir) .
5ª. Inteligência Radical	Lute contra a injustiça, o erro e o comportamento errado
6ª. Inteligência  Mediadora	Medite e reze
7ª. Inteligência Oculta	Perceba com  a emoção e com os olhos da fé
8ª. Inteligência  Perfeita	Seja  racional
9ª. Inteligência Pura	Integre ética (princípios) e moral (ações)
10ª. Inteligência Resplandecente	Saiba usar os recursos de forma eficaz e eficiente.

Use os recursos e faça de 2012 um  ano novo em aprendizado e prosperidade material e espiritual!

Nona Inteligência da Cabala - Inteligência Pura

A  Nona Inteligência é o Plano Moral e simboliza a nossa capacidade de realizar os nossos objetivos materiais, sem abrir mão da nossa espiritualidade.

Se a Sexta Inteligência é o lugar de repouso, do silêncio e representa no Plano Ético o lugar onde se perfazem as novas formas de ser, a Nona Inteligência é o lugar da prova, onde seus conhecimentos serão apresentados ao grande público, pois não basta ser, você terá que fazer.

Seu nome é Inteligência Pura e o texto cabalístico diz que ela prova e corrige o desenho sem diminuir ou dividir. Isto significa que é no Plano Moral que vamos realmente demonstrar quem somos, pois ao final é o que fazemos que conta. Nossos propósitos são testados todos os dias e temos que usar a Nona Inteligência para   compreendermos que nossas atitudes, nossos comportamento, nossas ações falam mais alto que a nossa voz. A Nona Inteligência simboliza o testes.

Precisamos exercitar as características femininas e masculinas da Nona Inteligência, para que possamos desenvolver a Inteligência Pura.

Masculinas (*)	Feemininas (*)
coragem	compaixão
Capacidade de decisão	modéstia
Caráter direto	Suavidade
Firmeza	Prudência
magnanimidade	economia
sinceridade	paciência
generosidade	sensibilidade

(*) Estas características foram sistematizadas por  G. O. Mebes, que fundou a Escola de Iniciação de Esoterismo Ocidental. Era russo  - (1869 - 1930) - e emérito professor de Francês e Matemática. 

Quando se tem a Nona Inteligência desenvolvida manifesta-se em nós um  estado de prontidão, ou seja se na Sexta inteligência estamos em oração, na Nona Inteligência estamos prontos para a batalha.

Oitava Inteligência da Cabala - Inteligência Absoluta ou Perfeita

A Oitava Inteligência trabalha com o intelecto, com a mente racional. É a capacidade de imaginar, pensar, abstrair. A Inteligência Absoluta possui  Características mentais masculinas e femininas que devem ser praticadas em exercício disciplinado:

Masculinas (*)	Femininas (*)
Lógica	Intuição
Exatidão	Análise cuidadosa
Concisão de expressão	Criatividade prática
Pensamento filosófico	Consciência dos limites do intelecto
Avaliação objetiva	Flexibilidade mental
Retidão de pensamento	Rapdez de compreensão

(*)  Formuladas por G.O. Mebes  - ocultista russo  (1869 – 1930)

O texto cabalístico diz que a Oitava Inteligência não possui raízes, e destaca que ela emana sua essência de Gedulah, Quarta inteligência, ou seja o amor é a base da consciência e há um ditado que diz:

"A  verdade (lógica) sem amor, não é a verdade inteira". 


Para chegarmos à essência das questões precisamos da lógica, mas se a empregarmos sem amor, jamais encontraremos as respostas que buscamos, pois se a lógica é o caminho, o amor é a bússula.

Sétima Inteligência da Cabala - Inteligência Oculta

A Sétima Inteligência simboliza a emoção, o jeito com o qual nos conectamos a tudo o que fazemos. Somos superficiais? Fazemos nossas tarefas de qualquer maneira? Empregamos brilho às tarefas mais simples? Somos temperamentais?

Precisamos da Sétima inteligência para passarmos credibilidade ao que fazemos. Nossa emoção fala alto em Netzah, pois aqui os canais da inspiração estão conectados com a mais alta esfera da criação. Na verdade  se não sabemos usar a Sétima Inteligência, nossas atuações são pobres, sem vida, monocórdicas. Os trabalhos sem a participação desta nossa capacidade de nos emocionarmos ficam pálidos, sem alma e  não conseguimos mais envolver ninguém.

Os olhos da fé em Netzah - Sétima Inteligência - te ensinam a usar o amor da quarta inteligência temperado com o rigor necessário da quinta Inteligência. E para desenvolvermos esta Inteligência precisamos nos conectar com a essência de tudo o que fazemos, temos que penetrar na alma das coisas e nos inspirarmos para que aflore a nossa capacidade de aprender com a fé. Netzah, a Sétima sephirah guarda a Sétima Inteligência e simboliza a nossa capacidade humana de nos emocionarmos, de sermos tocados pelo mistério da fé. Nesta Inteligência não é a razão que nos guia mas a fé. Netzah te ensina a perceber, você vai entender e vai saber interferir no momento certo. É a certeza de que tanto as perguntas como as soluções não dependem somente do intelecto, mas dependem também do sentimento.

Devido à ligação com os sentimentos, a Sétima Inteligência relaciona-se aos rituais, à música, aos perfumes, às velas e o que está no foco é a forma como se faz as coisas. Netzah - a Sétima inteligência é a beleza, por este motivo relaciona-se ao artista. Somos artistas na execução da nossa obra  -  pequenas obras que todos os dias  dependem de nossa capacidade de realizadores e isto depende tanto da razão quanto da emoção.

À esta Inteligência ligam-se as metáforas, as parábolas e o conhecimento aqui é chamado de tácito. Isto significa que você não aprende este conhecimento lendo, mas vivendo, experienciando com  emoção, com fé.

A Sexta Inteligência da Cabala - Tipharet - Inteligência Mediadora

Quando nos decidimos a meditar e rezar usando os caminhos da Cabala, aprendemos que na Sexta Inteligência é onde se multiplicam os influxos que são distribuídos a todo nosso ser. A sexta Inteligência representa o equilíbrio entre forças  e saber usar esta Inteligência significa lidar consigo mesmo, ver-se em seu trabalho espiritual e moral, na conquista de sua autonomia.  Simboliza a consciência humana elevando-se.

Em Tipharet estamos diante do templo e dependendo da cultura, estaremos de pé, ajoelhados ou deitados, mas vivendo a experiência de estar diante do insondável mistério da criação.

Como em todas as culturas, a Cabala possui o lugar interno de meditação e cura. Este lugar está em Tipharet - a Sexta Inteligência.

Mas todo ritual deve ser parte de um Todo e nunca deve ser usado apenas como parte, pois não funciona em sua totalidade. Usado de maneira superficial, o ritual em Tipharet  -   na Sexta inteligência -  é pobre, pois a espiritualidade assim evocada devolve apenas cascalhos, e a imensidão  do mar permanecerá insondável.

A sexta Inteligência é o templo, o Reino e quando  não sabemos o que fazer, quando a solidão e o  medo se avizinham, se você é um adepto da Cabala, procure o seu Centro em Tipharet, na Sexta Inteligência.

Feche os seus olhos e  sinta a força divina crescendo através de você e deixe-se conduzir por esta energia, que tem como símbolo o sol e que se manifesta no plano físico como energia e no plano mental como inteligência e conhecimento.

Em Tipharet vive-se a experiência do que somos e de como empregamos as energias da Quarta e Quinta inteligências. É neste lugar interno, neste Centro, que no silêncio da reza e da meditação  podemos transmutar o que somos em forças e mudarmos, fazendo uma nova tradução de nós mesmos, para o nosso bem e o bem de todos.

O Arcanjo de Tipharet é Rafael, que significa o anjo da cura - o "espírito que está no sol", no Centro e esta experiencia se dá em Tipharet - na Sexta Inteligência da Cabala.

A Quinta Inteligência da cabala - Inteligência Radical

A Quinta Inteligência simboliza a luta, a capacidade de não aceitar um comportamento ou uma atitude que se mostram injustos. Simboliza a inteligencia, a forma estratégica de extirpar o que está errado. Simboliza a resistência, a coragem, a determinação.

Quando somos pacientes demais, "bonzinhos" demais, é porque não atendemos ao clamor da Quinta Inteligência e vamos deixando para lá, o que é um erro, pois as consequências podem ser muito ruins, agora ou adiante no tempo. Temos que inteligentemente trabalhar com as duas forças -  a generosidade da Quarta Inteligência e a severidade da Quinta Inteligência - de forma assertiva, delicada, mas sem fraqueza ou bondade em excesso.

A Quinta Inteligência (justiça, temor, medo) é, no universo interior, a força indomável que junto com a Quarta inteligência (amor) leva a termo as realizações, as interações, as relações. Temos que inspirar as pessoas a nossa volta, e isto exige que, pela nossa atuação, as pessoas sintam que emanamos amor e que esperamos respeito.

Deve haver sempre um equilíbrio delicado entre respeito e amor, pois ambos são importantes espiritual e materialmente e devem inspirar as relações. Devemos passar autoridade, severidade  pelo que fazemos e esperar consideração e se isto não vem, temos que investigar que tipo de comportamento em nós está minando o nosso trabalho e atuar de forma a extirpar tal comportamento. temos que mudar, para que a realidade a nossa volta mude.

A misericórdia em Chesed ou Gedulah - na Quarta Inteligência - e o Rigor, coragem e resolução em Geburah - na Quinta Inteligência trazem o equilíbrio ao universo interior, pois o ritmo é o princípio vital. Aprender com delicadeza   acerca destas forças, é um ensinamento fundamental para expressarmos o que há de melhor em nossa natureza.

A Quarta Inteligência - Inteligência Receptiva ou Inteligência Coesiva

A quarta Inteligência  é o potencial de realização. Representa a semente. E o que você vê na semente? Vê por exemplo um bosque florido e ouve os pássaros e vê os homens e mulheres trabalhando e vê também que algumas sementes do caminho são levadas para outros lugares distantes por aves e pessoas e que a partir deste êxodo,  novas cidades nascem e você vê as ferrovias, os hospitais, os templos e escolas que são construídos a partir de toda esta possibilidade. E porque viu tudo isto resolve investir em algum projeto ou lugar porque percebeu a vida oculta em uma pequena semente.

Assim é Chesed, dentro de nós e a nossa volta, mas a Quarta Inteligência não significa ilusão ou visões delirantes, antes simboliza a capacidade de enxergar nas entrelenhas dos contextos para atuar com sabedoria, atento às interações, atento às ações.

Esta Inteligência é chamada de Receptiva porque devemos perceber a tudo a nossa volta, com delicadeza e atuar a partir desta percepção, com sabedoria e simplicidade. É chamada também de Coesiva porque ela tem este poder de ver o todo, fruto da parte, fruto das partes, juntando-as, de forma inconsútil.

A Quarta Inteligência adianta-se no tempo e percebe o conteúdo da semente. Mas não devemos nos enganar, pois  aqui  lida-se com a ilusão e é preciso compreender o ensinamento desta inteligência: O poder da fé guia o espírito para as realizações e se deve compreender que tudo é um símbolo.


As imagens (o que se vê, o que se percebe, o que se sente)  não são verdades, são símbolos, fontes de inspiração.